sexta-feira, 6 de março de 2009

Ainda o caso da gravidez aos nove anos

Na reportagem abaixo, noticia-se que a Igraja Católica, através do arcebispo de Olinda e Recife, não excomungou o padastro estuprador da menina de 9 anos, que fez um aborto de gêmeos. No entanto, ele excomungou a mãe da menina, que autorizou o evento, e os médicos envolvidos no aborto. Qual a sua opinião sobre este fato? Seria um paradoxo este ato da Igreja?

Padrasto que violentou menina de 9 anos em PE não será excomungado pelo arcebispo de Recife

6 comentários:

Stefano Aguiar disse...

Na boa, eu acho que a Igreja perdeu o esplendor de outrora, se omite pra caramba nas questões sociais, e agora esse caso para levantar uma questão que é, praticamente falando, irrelevante para a sociedade.
O aborto em caso de estupro já é lei, já venceu inúmeras levas de ataques conservadores, e está a caminho de se tornar uma instituição.
Penso que a questão aqui não é a validade ou não do caso e do aborto.
O caso é pontual, e nas palavras do próprio cônego, "analisado caso a caso", o que, no meu entender, significa que a igreja está interessada neste caso particular. Talvez pela sua própria notoriedade, se aproveitando da mídia gratuita para divulgar sua mensagem.
Ou, como acredito, usando este caso para testar a resposta da sociedade ao dogma do aborto.
E o que se vê é a opinião generalizada a favor do aborto.

Marcos Neves Jr. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcos Neves Jr. disse...

Tem algo que eu acho, no mínimo, curioso. Parece-me que, às vezes, a Igreja se acha a única instituição religiosa do mundo. Como excomungar alguém que não é membro? Melhor, será que os médicos ou as outras pessoas expulsas da Igreja de Roma são seguidores do catolicismo? E se forem praticantes de outro tipo de doutrina religiosa, que diferença faz ser excomungado ou não da igreja católica?
O Stefano tocou em um ponto interessante: esse tipo de aborto é legal. Bem, se a lei permite e se estamos em um estado laico, por que damos tanta importância tentativa de intervenção da igreja?
Abraço,
Marcos Neves Jr.

Gisele Moraze disse...

Há algum tempo, cerca de cinco anos, deixei de frequentar a Igreja Católica por discordar de atitudes e preceitos por ela difundidos. Essa questão do aborto , para mim, é uma das mais importantes, já q a Igreja não consegue assimilar que estamos no sec XXI e q oq era verdade ontem, hj já tem outra conotação. Sem contar q ela tem, assim como outras religiões, uma visão machista da sociedade. Como exemplo temos o fato de o que padastro que violentou a criança não teve o mesmo "castigo" que sua mãe e seus médicos receberam.
Além disso tudo, também existe o fato de que, como disseram Stefano e Marcos Neves, ela, a Igreja Católica, se mostra completamente convencida de que manda no mundo (ainda) a ponto de se considerar tão importante para excomungar pessoas que sequer faziam parte de suas atividades religiosas.
Tenho amigos católicos, inclusive sou amiga de dois padres, e posso garantir que eles não levam nenhuma vida santa, pois então como podem querer julgar tal atitude executada em favor da vida e da saúde de uma criança?

Marcelle disse...

Que a igreja católica, hoje em dia, está sendo um atraso para a humanidade.. ninguém pode negar, mas nesse caso não creio que o problema está na religiao e sim em quem comanda ela, esses padres, bispos, arcebispos e o infeliz do papa.. eles não tem filhos, entao para eles, filhos não são um problema. Mas qual é o padre que nunca deu uma "chegadinha" num coroinha?! talvez seja por esse histórico que eles não excomungaram o "estuprador pedofilo", senão o que iria ter de padre sendo excomungado.. as igrejas ficariam vazias e as cadeias mais cheias. agora.. se talvez passassem a estuprar os padres.. eles mudariam de ideia... ou não.

Eduardo Bittencourt disse...

A Igreja tem todo o direito de manifestar sua opinião, mas em nenhum momento pode condenar alguém por ter feito isto ou aquilo. As religiões devem ser encaradas como orientadoras, e não como juízes, que fazem e julgam de acordo com seus dogmas.

Foi dado a cada um de nós o livre arbítrio para que possamos tomar as decisões por nós mesmos.